Ter grandes responsabilidades sempre foram parte da minha vida, talvez porque eu sempre tenha tido objetivos muito grandes e um desejo ardente de perfeição em tudo que faço. Eu sempre exijo muito de mim mesma , e adoro isso. Eu gosto da sensação de dever cumprido, dos elogios e dos sorrisos ogulhosos. Eu gosto de saber que me superei e não sei classificar as minhas emoções. Fico preocupada também em me mostrar exessivamente orgulhosa de mim mesma, isso pode fazer parecer arrogancia. Mas,definitivamente, não é.
Escrever essa crônica é muito trabalhoso, quanto mais eu penso sobre isso, mais a minha critividade,que é tão abudante, se encolhe temerosa. Jamais escondi que prefiro redigir contos, que a minha habilidade descritiva é infinitamente maior que o meu talento de escrever sem preocupações. Geralmente eu sou muito tensa por causa da minha mania perfeccionista. E estou me sentindo realmente exausta de frente para essa situação, escrevo pequenos trechos e os acho deploráveis,dignos de pena. As imagens das expressões de Scliar ao ler a minha humilde tentatia me provocam naúseas e não tiro da mente o que vai vir escrito nela, em caneta vermelha, é aterrorizante.
Ontem eu estava observando os sons e cores do invernos, maravilhas cedidas pela natureza. Meu livro- Férias! Myrian Kyeys- fora carregado para longe de mim e tudo que restou foi uma folha vazia e uma caneta azul, eu sempre prefiro as pretas, mas estava em falta. Foi aí, que ao invés da dificílima crônica, eu lancei no papel um desabafo, completamente honesto. Que talvez eu poste aqui, hoje ou amanhã. Que difereça faz? Porque, afinal, o hoje é apenas um furo no futuro.
7.25.2010
6.21.2010
Winter
Hoje é o primeiro dia de inverno. Fazem 15°C agora, mas as 6:45 quando acordei estavam , deliciosos, 3°C. Vinhamos sentindo o inverno a um tempinho, 3 à 4 semanas, expressado nas grossas geadas, nos cachecóis e gorros dos que andam, apressados, pelas ruas. As ávores estão peladas e o ar é mais pesado. Tudo é mais bonito! As pessoas parecem mais saudáveis, o charme baila pelo ar e o vento congela assim que saí de nossas bocas. Achei que não viria mais, o inverno. Uma florida primavera passou rápido, mas o sufucante verão demourou-se por aqui. Meus gostosos costumes voltaram, ficar, envolta em um cobertor em frente a lareira com Pedro ao meu lado, saborendo pratos quentes, tomando um chocolate duas vezes ao dia. Li, em tantos blogs por aí, que o Brasil, tem somente inverno meia boca, mas eu já vi invernos frios e chuvosos, invernos ensolarados e invernos de graus negativos. Moro, para saberem, no Sul. Que inverno lindo ! Que inverno charmoso !
Fui, gentilmente, convidada a escrever uma crônica que será lida e comentada por Moacyr Scliar, devo confessar aqui que é uma honra para mim, Scliar é um dos melhores escritores gaúchos que tive o prazer de ler. Muitas de suas obras falam sobra a imigração judaíca para o Brasil, tratam também do socialismo e váriados assuntos. Tem romances e crônicas entre as suas obras publicadas. Terei o prazer de conhecê-lo somente em setembro, e até lá terei tempo para escrever a dita crônica. Como sou melhor em contos do que crônicas farei grande esforço e pesquisa para escrever esta. Seria um grande passo para a minha sonhada carreira literária. Indico do Scliar : " O exército de um homem só ".
Descobri essa semana, uma maravilhosa ilustradora chinesa chamada Shel Yang. Alguns dos desenhos são aquarelados e mostram muitas vezes um amor secreto, são bem coloridos e o detalhe que mais gosto são as sombras. Ela também faz algumas ilustrações de animes e mangás.
Gostaria de compartilhar todas as ilustrações, porque cada uma me inspira um pouquinho mais. Elas podem ser vistas em seu Deviantart http://shel-yang.deviantart.com/ ou em seu website http://shelattic.org.
Até mais, Ágatha Fruhauf.
6.17.2010
Olhos no mundo
Conheci, pelos lugares que passei, duas pessoas muito distintas. E eu que sempre me achei imune a medíocridade de rotular, deixei-me julgar aquelas duas criaturas diante de mim. Senhorita X e Senhorita Y é como às chamo, porém, não enganem-se pela semelhança do nome, elas não poderiam ser mais diferentes. Classifiquei Srta X como uma imagem impregnada e me apeguei a fofurinha de Srta Y. Vejam vocês, nunca desgostei ou tampouco gostei de alguma delas.
Senhorita X sempre teve os cabelos lindos e esvoaçantes emoldurando o rosto bonito que contava com olhos claros. Magra e vestida de rosa, andava sempre com as unhas bem feitas. Tornara-se popular por ser bonita - pensava eu -. Atribui isso aos meus julgamentos e a coloquei quieta na caixinha de " lindo por fora oco por dentro " . Senhorita Y , por sua vez, era um tanto gordinha e quieta, ficava sempre distante de todos e abusava de um ofuscante batom vermelho. Eu achava uma gracinha sua aparente igenuidade e via nela um certo charminho.
Todas as alusões que fiz foram sem intimidade e, volto a enfatizar, até este momento não havia mantido contato com nenhuma.
Um belo dia de frio e sol descubro que Srta Y deu em uma turma, chamada também de família, uma cruel punhalada, colocando a todos em constrangedora situação. Sob pressão e afobação consegui resolver parte de um problema que causara grande repercursão. A minha ilusória e fofinha Srta Y havia se dissolvido, mostrando-me como o mundo é real, e eu, que não gostava nenhum pouco de errar, passei um dia frio impregnada por frieza. E foi neste mesmo dia frio que uma grande amiga segurou minha mão e disse-me para sorrir, que iriamos nos aquecer e conversar. E lá, entre as poucas pessoas que amo e confio estava Srta X , que descobrir ser umas das pessoas mais humildes e prestativas que conheço.
Mantenho até hoje, boa amizade com X, que teve logo seu circulo social diluido por não querer se adequar a pessoas que lhe julgam por seu cabelo. E Y jamais me dirigiu a palavra, apesar de eu ter conhecimento que fui alvo de algumas fofoquinhas poe longos meses.
Aprendi, então e finalmente, o quão vingativa são as pessoas, inclusive eu, quem diria? E que não adianta olhar a casca, por isso, passei a julgar só a mim, e as vezes me reprendo mesmo assim.
Apesar de eu saber que julgar, rotular ou que nome tenha não é mais assunto atual, pare pra pensar e olhe-se no espelho, quantas pessoas no metrô você julga, no transito ou nas lojas, no super mercado. A moça do saltão elegante e perua poder ser a mesma que dá sopa aos pobres no sábado, a que foi de pantufas e moletom pode ter um conhecimento inumeras vezes maior que o seu, assim como a moça elegante pode ser uma completa ignorante. O que isso me diz respeito ? Nada.
Com licença, vou calçar minhas pantufas e comprar o pão frânces.
Senhorita X sempre teve os cabelos lindos e esvoaçantes emoldurando o rosto bonito que contava com olhos claros. Magra e vestida de rosa, andava sempre com as unhas bem feitas. Tornara-se popular por ser bonita - pensava eu -. Atribui isso aos meus julgamentos e a coloquei quieta na caixinha de " lindo por fora oco por dentro " . Senhorita Y , por sua vez, era um tanto gordinha e quieta, ficava sempre distante de todos e abusava de um ofuscante batom vermelho. Eu achava uma gracinha sua aparente igenuidade e via nela um certo charminho.
Todas as alusões que fiz foram sem intimidade e, volto a enfatizar, até este momento não havia mantido contato com nenhuma.
Um belo dia de frio e sol descubro que Srta Y deu em uma turma, chamada também de família, uma cruel punhalada, colocando a todos em constrangedora situação. Sob pressão e afobação consegui resolver parte de um problema que causara grande repercursão. A minha ilusória e fofinha Srta Y havia se dissolvido, mostrando-me como o mundo é real, e eu, que não gostava nenhum pouco de errar, passei um dia frio impregnada por frieza. E foi neste mesmo dia frio que uma grande amiga segurou minha mão e disse-me para sorrir, que iriamos nos aquecer e conversar. E lá, entre as poucas pessoas que amo e confio estava Srta X , que descobrir ser umas das pessoas mais humildes e prestativas que conheço.
Mantenho até hoje, boa amizade com X, que teve logo seu circulo social diluido por não querer se adequar a pessoas que lhe julgam por seu cabelo. E Y jamais me dirigiu a palavra, apesar de eu ter conhecimento que fui alvo de algumas fofoquinhas poe longos meses.
Aprendi, então e finalmente, o quão vingativa são as pessoas, inclusive eu, quem diria? E que não adianta olhar a casca, por isso, passei a julgar só a mim, e as vezes me reprendo mesmo assim.
Apesar de eu saber que julgar, rotular ou que nome tenha não é mais assunto atual, pare pra pensar e olhe-se no espelho, quantas pessoas no metrô você julga, no transito ou nas lojas, no super mercado. A moça do saltão elegante e perua poder ser a mesma que dá sopa aos pobres no sábado, a que foi de pantufas e moletom pode ter um conhecimento inumeras vezes maior que o seu, assim como a moça elegante pode ser uma completa ignorante. O que isso me diz respeito ? Nada.
Com licença, vou calçar minhas pantufas e comprar o pão frânces.
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